quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mãe suicida


Oficialmente a comunidade médica vê o trabalho espírita como terapia alternativa, descrendo em qualquer resultado positivo. Oficiosamente, há no hospital, grande percentual de médicos, psicólogos e enfermeiros espíritas ou simpatizantes, que não podem freqüentar a nossa casa, para que os poucos que ainda mantém as idéias materialistas não os questionem. Alguns desses profissionais espíritas, quando enfrentam algum problema em que os meios oficiais não trazem resultados satisfatórios, nos procuram oficiosamente, pedindo ajuda.

Partindo do princípio que a gênese das doenças mentais está no espírito, esse tipo de parceria tem se mostrado bastante promissor, quando cada um faz a sua parte, ou seja, o médico trata o corpo, o psicólogo orienta o paciente e a família, e a casa espírita nos problemas do espírito, o que se consegue excelentes resultados na maioria dos casos.

Por volta de 2003 uma médica nos procurou trazendo a anamnese de um de seus pacientes. O caso era de uma senhora que tinha um filho especial de 17 anos. Ela vivia sob forte depressão e já havia tentado suicídio diversas vezes, sempre na frente do filho que assistia, gargalhava e aplaudia a cena. Felizmente ela sempre era socorrida por vizinhos, que ouvindo as gargalhadas do rapaz, corriam em seu socorro. A médica nos disse que nenhum tratamento tinha se mostrado eficiente e que, embora ela, a mãe, estivesse sendo vigiada, sempre encontrava oportunidade de se machucar, cortando os pulsos, os braços ou se jogando de escadas.

Pedimos para entrevistá-la, o que não foi possível, devido ao fato de ela ser protestante e que não queria nossa ajuda.

Levamos o caso à reunião de desobsessão. Manifestaram diversos espíritos dizendo que a perseguiam, por terem sido abortados através dela. Todos foram amparados, orientados e entregues aos trabalhadores espirituais sem grande dificuldade. Ao final, comparece um espírito que disse ser o responsável pela tortura, que era o carrasco e que não a deixaria em paz. Depois de um bom diálogo sob a luz do Evangelho e ele cansado da luta e do sofrimento, cedeu.

Soubemos que ele vinha encarnando com o jovem filho dessa paciente, como irmãos, em várias encarnações, onde se comprometeram com as Leis Divinas. Tentaram reencarnar diversas vezes, mas essa senhora, que era aborteira, os eliminava, criando um forte grilhão de ódio. Nessa encarnação, ela trouxe algum desequilíbrio mental e recebeu como filho, um desses espíritos, em profunda desorganização mental.

Ao final da reunião, o dirigente espiritual disse que a senhora e seu filho necessitariam de preces diárias em sua residência, a fim de desintegrar os miasmas criados pelas mentes daquelas almas sofridas, higienizando o ambiente familiar e tratando outros que possam ali chegar, atraídos pela vibração doentia da família.

Ao levarmos o resultado à médica que nos solicitou ajuda, ela agradeceu e disse que a questão da prece na residência seria inviável, devido a grande refratariedade com o espiritismo.

Entregamos às mãos de Deus.

Passadas poucas semanas fomos procurados pela mesma médica dizendo que Deus tomou a frente do tratamento. Procurei saber como e ela nos disse que, ao lado da casa daquela irmã, foi aberta uma igreja protestante, da Assembléia de Deus, e que o pastor estava fazendo preces diárias em sua casa. Disse que a mãe e o jovem estavam muito bem, felizes e em paz.

Como nos disse certa vez um trabalhador espiritual, “nós, espíritos, trabalhamos em todos os lugares, todas as igrejas, todos os ambientes que desejem a luz divina.”

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